terça-feira, 26 de abril de 2011

Silêncio

Eu sempre soube o que falar e quando falar, mas de repente passei a me sentir tão desconfortável. Quando estou com os meus amigos sempre estou ausente, com a cabeça em algum lugar que nem eu mesma sei. Perdi o assunto, sei que tenho tanta coisa para falar, mas na hora tudo some. Não são todas as pessoas que sabem lidar com o silêncio. Parece que eu perdi a intimidade que eu tinha com algumas pessoas e o motivo é esse... Meu silêncio, que resolveu manifestasse. Eu também nunca soube lidar com o silêncio. As pessoas pensam que eu estou triste, deprimida, enfim... Não estou apenas tenho a impressão que ando meio cansada demais. Vivo com sono, com preguiça, não tenho paciência para conversar... Estou cansada das pessoas, elas exigem tanto de nós, elas querem que estejamos felizes e sorridentes o tempo inteiro, que sejamos apenas abraços e beijos num corredor... É legal, quando é verdadeiro. Mas tem vezes que seguimos a correnteza e fazemos apenas por fazer, é tão forçado e tem uma hora que cansa e a gente só quer dormir mais um pouco. As pessoas querem rir de suas peripécias, querem ouvir sobre a roupa de "fulaninha", discutir sobre música, cinema e aventuras sexuais. Às vezes expomos tanto de nós, expomos o que nem somos na verdade que terminamos nos perdendo entre butucas e cigarro, copos vazios e conversas fúteis. E o que é real dentro de nós? Será que ao se olhar no espelho você ainda reconhece quem era há uns 4 anos atrás? A gente muda tanto em tão pouco tempo, às vezes é difícil acompanhar.

domingo, 17 de abril de 2011

Às vezes.

Às vezes você quer desabafar sem se sentir idiota. Você quer apenas alguém que a escute e abrace no final. Sem julgamentos. Às vezes você quer conversar besteira, dizer que prefere "Kings of Leon" porque simplesmente prefere, argumentar toda hora é tão cansativo. Pessoas que só sabem reclamar são cansativas e pessoas que te atacam com questionamentos toda hora também são. Às vezes a gente só quer ficar junto de alguém, sem dormir, compartilhando o silêncio. Um dia acordei, olhei para o lado e já não tinha motivo para estar ali. Tudo estava claro, nada dentro de mim era urgente. Tudo estava no seu devido lugar e não doeu quando percebi isso. Então me levantei, arrumei qualquer desculpa e fui embora. Foi a melhor coisa que já fiz.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pop art



Tem um movimento artístico que eu acho super interessante, o Pop art (arte pop), que surgiu em 1950 no Reino Unido e nos Estados Unidos. O pop art queria mostrar com suas obras a massificação da cultura popular capitalista.
Com o surgimento do termo "Indústria Cultural" a cultura passa a ser vista como mercadoria. Sendo produzida em série e perdendo sua especificidade, sua individualidade... Tendo como função entreter o público. O pop art vem com o intuito de criticar o bombardeamento da sociedade capitalista pelos objetos de consumo da época.
Um dos nomes mais conhecidos desse movimento artístico é Andy Warhol, uma das figuras centrais do pop art nos Estados Unidos. Ele costumava retratar ídolos do cinema e da música, como figuras vazias.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Best wishes

Estou cheia de ver você se comportar como se vivesse em outra época. Com tanto amor cortês e convencionalismo barato, tão cheio de idealizações, sonhando com quem está distante. Não vejo espontaneidade. Não vejo amor. Vejo utopias e fuga da realidade. Covardia. Acho que passei por cima de mim mesma para me manter ao seu lado. Acho que me sujei com a fumaça dos seus cigarros. Acho que vulgarizei as piteiras. Acho que acabei com meu fígado bebendo tudo que pudesse preencher o vazio que me tornei. A ansiedade e a agonia bateram a porta e não consegui dormir. Você me causou impotência, indecisão, úlceras e olheiras. Não estava acostumada a isso. Já não sou tão bonita assim. Hoje sou apenas... O escarlate das unhas, a paranóia do sumiço, as olheiras de quem já não dorme, a meia 7/8, a espera pelo final de semana, a maquiagem borrada, o cabelo desgrenhado, o corpo molhado, a toalha jogada, o vestido feito com o lençol, o batom vermelho, o cereal, o requeijão, o vinho, o champanhe, a trela, a tara, o café que esfriou, o chá que você não preparou, a comida que queimou na panela, o suco, o chocolate, o suspiro, a mistura, o ciúme, o medo de perder o que não é meu, as suas mãos nas minhas costas, as massagens, o cheiro. O cheiro que estranha e entranha. Não saiu mais de mim. Deixei de ser o todo para me tornar apenas parte. Tantos defeitos, mas todo esse escárnio me atrai e todo esse desejo me trai. Não sei o que deu em mim, estou tão cheia de vícios e fraquezas, marcas pelo corpo todo. Uma aflição tomou conta de mim, meu juízo já perdi e meu desejo é tão grande que nem você me satisfaz mais. Meus olhos estão intensos, são intensos. Eles estão tristes, saudosos, cheios de partida, estão cansados de te esperar. Eles não param de chorar e desejar. Já não me lembro como eles eram antes de você chegar. Sonho, soneto. Realidade, "Decameron". Talvez nunca conquiste sua poesia e já não sei se ainda me importo com isso. Quero uma madrugada e um beijo sem fim. Só mais uma vez. Quero de você o todo e não parte pelo menos uma vez. Só mais uma vez, de novo e de novo.