Chega de tons pastéis, de tanta meiguice, de se vestir como uma boneca e agir como uma. Não negue o vermelho que rubra sua pele e que a despe no calor. Não cubra, não esconda. Seja o que você sente. Liberte seu corpo e não se envergonhe. Alongue seus braços e pescoço. Estique as pernas e plante bananeira, deixe seu mundo virar de ponta cabeça. Permita-se gargalhar sem motivo até sentir que esse sorriso vibra e passeia como ondas pelo seu corpo. Não programe o que precisa ser mudado na sua vida, apenas acorde diferente.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Dia após dia um monstro cresce e se solidifica dentro de mim.
Ele é expansivo e já não sei o que ainda é meu dentro de mim. Espalhafatoso,
dramático, dissimulado, mesquinho, insensível e perdido. Ele brinca com o meu
corpo, muda o meu gosto... Arranha, queima, azeda e salga a minha alma e tudo é
suor, vapor, embriaguez, fumaça e pés trocados.
Sexta à noite, meu monstro só queria se alimentar de
atenção. Não lembro, não sinto... Só sei que cheguei massageando as costas dos azulejos
com as agulhas dos meus saltos, acendi a casa, abri a geladeira, sentei no chão
e lá fiquei.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
O tempo passa no peso da distância que ofusca laços
eternos. O tempo corre nos nossos amigos que se vão, mostrando o quão
frágil e efêmera é nossa existência. O tempo para nas linhas cada vez
mais evidentes na frente do espelho. A vida deixa marcas muito mais invasivas e definitivas do
que tatuagens. Crescer se confunde com endurecer e depois quebrar.
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