quarta-feira, 21 de maio de 2014

Sempre fui tão mais apaixonante livre, porém sempre quis uma felicidade que me limitasse que me coordenasse. Acho que o erro estava em mim o tempo inteiro. Mas não existe nada que eu possa fazer para mudar o que foi feito.
Mas meu sentimento por você foi decepcionante e agora tem sido ainda mais. E sinto que todo meu amor, um amor que lutei tanto para proteger ficou sujo e eu senti raiva. Uma raiva que me consumiu e decidi simplesmente ignorar e parar de pensar que toda vez que você fala comigo é um sinal de que sente minha falta. Eu vou me livrar de você, porque eu não quero mais você na minha vida.  
Então depois de mais uma conversa frustrante resolvi sair e testar se realmente tinha um muro que iria me proteger de ser de outra pessoa. Então beijei outra pessoa, alguém sem importância, mas que me olhava de um jeito que você já não olhava mais e que prestava atenção em cada detalhe do meu rosto e que queria estar comigo a todo custo. Alguém que me tratou com tanto carinho que eu gostei. Mas ter feito isso não significa nada, continuo sentindo que sou sua apesar de não querer. Mas foi bom porque percebi que esse muro é bem menos firme que imaginava e graças a você.

E como um sinal de rejeição misturado à minha abstinência, adoeci. Mas vou ficar boa e essa febre não me assombrará mais.

domingo, 11 de maio de 2014

Já não consigo mais dormir e meu quarto já não é meu. Suas coisas estão em todo lugar, seu cheiro, seus presentes, nossa cama, sua escova de dente na segunda gaveta. Entro e me sinto pequena, encolhida e não posso tocar em nada. E os dias vão passando assim... Dormindo pouco, trabalhando muito, evitando pensar, sentindo saudade o tempo inteiro. Vendo você me tratar como uma estranha, sem sentir minha falta enquanto eu não faço outra coisa. Você sempre falou tão pouco, mas as poucas coisas que me disse no fim não saem da minha cabeça e me assombram no ônibus, no trabalho, antes de dormir.

Quando lembro dos nossos beijos quando todo encontro era uma despedida sua boca na minha parecia água. E essa sede não passa.

sábado, 3 de maio de 2014

Desabafo sem cortes!

Faz tanto tempo que não faço isso que já nem sei como é. Resolvi fazer porque era algo que me curava e me salvava da minha própria loucura. Porque sem dúvida... Normal eu não sou. Então lá vai... Às vezes tenho uma sensação estranha de estar fazendo algo e de repente eu sinto como se não fosse eu, sinto de forma diferente meus próprios sentidos, não me reconheço e sinto como se estivesse fora do meu corpo e então desenvolvo verdadeiros ataques de pânico. Tive coisas semelhantes ainda muito criança, mas com o tempo passou. Sendo que voltou a acontecer há uns 3 anos e só tem piorado. Então fiz o que eu nunca imaginei fazer (pedir ajuda) a um tempo atrás quando acreditava que podia resolver meus próprios problemas e era talvez mais forte. Mas talvez esse tenha sido o problema adiei demais, me iludi jogando o problema para debaixo do tapete e ele virou uma bola de neve que em alguns momentos quase me engole. É muito estranho.
Depois de um tempo os amigos vão ficando mais escassos e a cada dia que passa sou mais a cara da minha mãe. E eu sempre me achei tão diferente de tudo, sempre agi de forma que fugisse da vida que ela teve. Mas caramba herdei todos os problemas. Minha mãe é ótima, minha melhor amiga apesar de nem sempre me dar os melhores conselhos do mundo, mas ela tenta e nunca sai do meu lado. Às vezes a gente supervaloriza as pessoas erradas. Pai e mãe são para a vida toda, até quando eles se vão. Mas voltando aos amigos sempre estive rodeada deles porque vivia em festas, mas depois a maior parte sumiu e muitos estão ausentes por outros motivos. Às vezes as pessoas precisam de escola, curso de inglês, trabalho para manter vínculos. Percebemos isso a primeira vez com colégio, a maior parte dos nossos amigos de colégio perdem o contato conosco e caramba eu sofri e sofro tanto com isso. Me sinto muito só e às vezes tendo a sufocar com coisas desnecessárias minhas relações.
Me tornei uma pessoa que não vê graça nas coisas, que não tem certeza do que quer. Uma pessoa estressadinha e neurótica. Uma pessoa que anda em círculos e que tem tanto medo do tempo e ainda assim o perde como ninguém. Tenho medo de seguir o caminho errado e às vezes isso me deixa estagnada. Em pouco tempo me olho no espelho e me acho tão diferente. Parece que até minha personalidade mudou. E ao mesmo tempo que faço coisas que não são no fundo o que eu queria fazer tenho desejos iguais aos de um doente terminal que faz listas de coisas que precisa fazer antes de morrer. Alguma coisa aconteceu e nem sei quando exatamente foi, mas ela me mudou. Faz um tempo que sinto isso.
Pois é. Estou doente, mas não sou doente. Isso vai passar e quando passar vou estar cercada só dos verdadeiros, só de quem realmente me interessa. Meus pais, minhas irmãs, meu amor que me ajudou a perder meu medo de avião e que vai me ajudar nessa também e alguns amigos.


Desabafo sem cortes!