domingo, 24 de agosto de 2014

A sanidade ou a ausência dela tem me chamado atenção. Estava no trabalho já à noite, sozinha e vi uma mulher andando na rua falando e gesticulando como se estivesse alguém com ela. Fiquei pensando naquela cena e imaginando como devia ser viver o mundo através da consciência dela. Será que ela tinha noção de que era louca? Quem garante nossa sanidade?
Vivemos uma realidade que pode muito bem ter sido inventada. Medimos nosso tempo e às vezes questionamos o que estamos fazendo. Às vezes tenho medo de dormir com a luz apagada e não gosto de levantar de madrugada para fazer xixi e ter que cruzar comigo mesma no espelho estando escuro. Até parece que verei algo diferente em mim.  Será que inventei tudo isso? Tenho medo do que está ao meu redor e que não vejo, tenho medo de como toda essa novela termina.
Nossa mente é nosso maior inimigo, quantas vezes achei que estivesse enlouquecendo? Às vezes ainda penso nisso. Penso em coisas ruins, tenho paranoias. Gosto do cheiro do ar condicionado e o do banco do carro. Gosto de sentir o vento gelado no meu rosto voltando do trabalho e o sentir escapar pela brecha dos meus dedos. Gosto de me sentir livre e leve nos breves instantes de paz de espírito que possuo. Uma vontade tão plena de ver o mundo caber num abraço meu. Sinto que sou toda amor e que transbordo o tempo inteiro. Às vezes quase me esgoto, mas então amanhece e todo esse amor renasce ainda mais vibrante.


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