domingo, 17 de agosto de 2014

Depois de tudo:amor e fim.

O que fazer quando bate a urgência de escrever? Vomitar tudo o que aflorar pelos nossos poros mesmo que aparentemente não tenha sentido.
Estou feliz em ter recuperado meus olhos. Olhos que viajam e alimentam meu corpo com alma. Um amor não pode matar o que há de melhor em nós. Matar nossa essência apaixonante.
Ai, meu amor! Como errei com você! Como permiti tudo isso acontecer? E hoje estou tão mais verdadeira, leve e faceira. Meu amor, como pode ser? Hoje quando sinto algo ruim é sinônimo de você. Minha ansiedade no domingo à noite, meu pesar pela segunda-feira, minha carência desesperadora tudo é você. Saudade de quando você era meu bom dia.
Amor, que sonho ruim! Como pode ser? Antes dormir com você era o abraço do conforto. Hoje dormir com você me causa pesadelos, durmo tão melhor sem você. Antes toda minha segurança se engrandecia no seu tom de voz e hoje você é minha insegurança nas ruas e uma corrente no meu calcanhar que me lembra que a vida nem sempre nos permite voar. Hoje eu caminho, mas sempre olho ao redor... O procurando quando fica muito tempo longe. Então eu ligo e faço de você um vício mais dilacerante que o cigarro que queima meus dedos.
Talvez demore, mas talvez não. Você já não é meu nem reconheço mais seu beijo. Deitar do seu lado é abraçar uma interrogação que se aproxima de um ponto final.

Preciso ir. Vou cozinhar, amor! Faz bem! Vou permitir que o vapor da água purifique e que o cheiro de manjericão cure meu coração.


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